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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a Acupuntura é um ramo da Medicina Tradicional Chinesa e um método de tratamento considerado complementar, consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo, chamados de “Acupontos”, para obter efeito terapêutico em diversas condições.
A Acupuntura tem como objetivo principal o “Reequilíbrio Energético” e, através deste, conseguir amenizar ou até mesmo curar situações de insônia, dores no corpo, ansiedade entre muitas outras doenças.
Mas o que é Energia?
Para um Ocidental, entender o que é Energia é algo um pouco complexo. Acreditamos na energia elétrica, na eólica, na magnética, mas, transformar a energia em algo que controla nosso corpo nos parece uma idéia um pouco distante. Talvez, fazer um paralelo entra a Medicina Chinesa e a Ocidental seja um bom caminho de início para compreender melhor o que os orientais querem dizer com “Nosso corpo é movido à energia”.
O corpo humano é constituído de sistemas, sendo que um deles se chama Circulatório (que contém o sangue) e outro chamado Linfático (que contém a Linfa). O sangue tem a função de carregar nutrientes e oxigênio para todo o corpo. O sistema linfático e a linfa têm como objetivo produzir células de defesa, ajudar como filtro do sangue e retirar toxinas presas no organismo. Dada essa explicação, alguns autores em Medicina Tradicional Chinesa (MTC)dizem que a “energia” é como a linfa do seu corpo. Quando a energia circula, ela aumenta a função do seu sistema imune e elimina as toxinas (na acupuntura conhecidas como “fatores patogênicos”).
Com essa explicação fica fácil de entender que sempre que introduzimos uma agulha de acupuntura no corpo de um paciente, estamos movendo o Qi (a energia) e o Sangue (chamado XUE na MTC), conseguindo assim as funções do sistema circulatório e do Sistema Linfático.
Todas as doenças do corpo, segundo a Medicina Chinesa, estão associadas aos distúrbios do Qi e do Xue, por exemplo:
– O Qi pode estar deficiente ou afundado –> em outras palavras, sua energia (ou sua linfa) não possui volume/quantidade suficiente para mater seu corpo protegido e sem toxinas.
– O Qi pode estar estagnado –> a energia/linfa não está circulando, deixando áreas do seu corpo desprotegidas. Onde há a estagnação, há sensação de distensão.
– O Qi pode estar em rebelião –> significa que sua energia/linfa está circulando no sentido contrário do que é considerado fisiológico, gerando sintomas como Vômito (estômago mandando o alimento para cima ao invés de mandar para baixo).
– O Sangue pode estar deficiente –> não mandando oxigênio e nutrientes suficientes para manter as funções dos órgãos (Ex: anemia, cansaço)
– O Sangue pode estar estagnado –> não está circulando, deixando regiões mal oxigenadas e mal nutridas (ex: nódulos de tensão muscular, cãimbras)
– O Sangue pode estar quente ou estar sendo perdido) –> casos de hemorragias, como sangramento nasal, nas fezes ou até mesmo sangramentos gerados por cirurgias ou acidentes.
Todas as condições acima geram doenças e além dessas situações existem as invasões de fatores patogênicos externos, que para medicina ocidental é tido como invasão de vírus, bactérias, fungos entre outros microorganismos.
A invasão de fatores patogênicos externos só ocorre quando já existe no seu corpo uma doença no QI (energia) ou no Xue (sangue), já citadas acima. Entende-se que o ser humano só pode ficar doente por causas externas se o corpo já estiver previamente debilitado.
Ainda nos mantendo nesse raciocínio, se o corpo recebe nutrientes e oxigênio (sistema circulatório/ sangue), elimina as toxinas e aumenta a função protetora (sistema linfático /linfa), é natural que esteja sempre em estado de Saúde, como prioriza a Acupuntura. Mantendo o interior do corpo saudável, os fatores patogênicos externos (vírus, bactérias fungos) não acham uma porta de entrada para o organismo.
Com isso, nota-se que a Acupuntura, nada mais é, que um excelente método de se manter e/ou melhorar a saúde através de estímulos simples que fazem com que seu corpo realize suas funções normais, porém, de uma forma mais perfeita e sem brechas para uma doença se desenvolver.