Bom dia leitores!
Hoje vamos falar um pouco sobre a terapia com Gua Shá, conhecida e praticada pelos orientais há milhares de anos.
A palavras: gua shá significam respectivamente raspar e fator patogênico. Assim, a técnica consiste em raspar através da pele e para fora do corpo aquilo que não faz bem a saúde. Como é uma técnica muito antiga, em seu princípio eram utilizadas até mesmo lascas de pedra ou chifres de animais para raspar a pele, até que, a pedra de jade polida se tornou o principal recurso para sua realização.
Acredita-se que além do poder curativo da raspagem, a jade é uma pedra que trás saúde, prosperidade, fortalecem as amizades, eleva a espiritualidade e os pensamentos de quem a utiliza.
Mas quais os objetivos e os benefícios dessa técnica?
- Remover a pele morta da superfície promovendo renovação da pele
- Realizar vasodilatação melhorar a circulação de sangue e a nutrição dos tecidos
- Melhorar a circulação linfática, resultando em diminuição do acúmulo de líquidos (drenagem)
- Movimenta o Qi e o Sangue melhorando o funcionamento dos órgãos internos
- Quando realizado sobre a linha dos pontos Shu Dorsais e Shen Shu ocorre o reequilíbrio energético
- Alivia a dor no local onde é feito
Como ela é realizada?
O procedimento pode ser realizado com ou sem óleo para deslizamento. Originalmente era feita à seco, causando marcas na pele do paciente e tida como uma técnica dolorosa. Atualmente é realizada com um pouco de óleo para o deslizamento, que pode ser escolhido de acordo com a necessidade do paciente, associando as técnicas de aromaterapia ao gua-shá.
O terapeuta deve então espalhar uma pequena quantidade de óleo sobre a superfície que se deseja tratar, e deslizar a pedra de jade sobre a superfície, iniciando com movimentos lentos e leves e aumentando o vigor de acordo com a sensibilidade do paciente.
Não existe uma número exato de vezes que a pedra de jade deve ser deslizada, mas o terapeuta precisa saber que quanto mais marcas deixar em seu paciente, maior será seu tempo de recuperação. É normal que alguns capilares sanguíneos se rompam durante o procedimento gerando vermelhidão e até mesmo hematoma. A técnica só poderá ser feita com esse vigor em regiões mais resistentes, como nas costas.
Quando há marcas, é normal que elas permaneçam por 7 a 10 dias. O paciente deve evitar exposição ao sol no local.
O Gua Shá é feito com frequência no rosto, afim de realizar drenagem linfática e nutrir os tecidos para melhor nutrição e beleza da pele. Os movimentos devem ser realizados sempre do centro do rosto para a laterais, jamais o contrário, para evitar o “enrugamento” da pele.
Podemos dizer então, que o Gua Shá nada mais é uma técnica que utiliza de micro lesões por raspagem da pele que obriga o corpo a renovar a camada mais superficial e nutrir os tecidos para cicatrização, o que irá trazer todos os benefícios já citados.
Pratiquem e vejam os resultados 🙂
Um grande abraço à todos.
Profa. Fernanda Mara